FOI REALIZADA UMA NOVA EDIÇÃO DO STARDOLL FASHION WEEK NOS DIAS 29 E 30 DE MAIO, REUNINDO VÁRIOS DESIGNERS, JORNALISTAS E FASHIONISTAS.
O primeiro anúncio do evento foi revelado no início de abril, e foi suficiente para deixar todos frenéticos. Por conta do isolamento realizado em diversos lugares do mundo devido ao covid-19, a volta do SFW foi um motivo para distrair de tantas coisas ruins acontecendo. Durante o período do primeiro anúncio acontecerem muitas especulações, uma delas era se realmente o evento iria acontecer pois o anúncio não havia nenhuma data, somente depois de quase um mês informaram a data. Particularmente sinto que avisaram muito tarde, teríamos menos de um mês para nos prepararmos, e com isso falo sobre diversos designers que são responsáveis por fazer muitos looks de convidados, realizar coleções e ainda comparecer.
Durante os dois dias do evento tivemos cerca de 6 coleções, três delas no primeiro dia e três no segundo. Notei que o número de convidados diminuiu muito se relacionarmos aos outros anos. Senti falta de muitas amigas que encontrava durante os desfiles, talvez muitos não compareceram por motivo do tempo curto, ou talvez pelo silêncio da página ao invés de uma boa divulgação.
Com o número de fashionistas diminuído também se viu o número drástico de negras que prestigiaram o evento, para terem uma noção somente 4 mulheres de cor compareceram, foi muito difícil ver muitas amigas não comparecerem.
Em contra partida, muitas coleções que desfilaram incluíram modelos negras em seus desfiles. No primeiro dia, o desfile de abertura foi dado por responsabilidade à Hevvy Silva, designer brasileira. Sua coleção intitulada como "Lyn Batist" se inspirou no vestuário de 1950, em mulheres fortes, independentes e ousadas. O primeiro look a desfilar teve inspiração no New Look, criado pelo Dior após a Segunda Guerra Mundial.
O segundo show do dia foi por Aylla Etter com sua marca "Zombie". Aylla sempre propõe roupas diferentes e conceituais, sua coleção apresenta um visual futurista, expondo novos métodos de modelagem, corte, caimento e silhueta. A cartela de cores navega entre os extremos, como o branco e o preto, mas também utiliza bastante cores fortes como o vermelho e o amarelo primário.
E para fechar o dia com chave de ouro, tivemos a coleção "Essentials" pela designer Dorian Kilmah. Sua inspiração foi focada nos anos de 1990, explorando as pinturas barrocas e rococó, além de obter forte influência das Drags Queens da época. A estilista propôs roupas que ela acha essencial ter no guarda-roupa de qualquer pessoa, e ajustou ao máximo para quê as peças se encaixassem no dia-a-dia.
A designer Rozalia lançou a coleção da marca "ROZA" no segundo dia do evento. O desfile apresentava tons pastéis demonstrando leveza tanto nos tecidos quanto nos cortes. A coleção foi aberta por um outfit amarelo da cabeça aos pés, sendo composto por um blazer de seis botões e um chapéu enorme, que simbolizava uma áurea dourada.
NOTA: Não pude fazer um resumo da coleção feita por Alexis Garcia. Além de colocar apenas uma modelo negra em seu desfile, ele não respondeu minhas mensagens a respeito da sua inspiração e sobre o nome da única modelo do desfile.
Apesar do número geral de convidados estar reduzido, acredito que não justifica por completo o número de negros no StreetStyle e muito menos o número de modelos por desfiles. A quantidade de modelos brancas é cerca de 4 vezes maior do que modelos negras (incluindo pardas e amarelas), e por mais que fiquemos felizes em notar 4 modelos negras em um só desfile (como exemplo no desfile "Essentials"), devemos lembrar que nesse mesmo desfile tiveram cerca de 20 modelos.
Que todos nós devemos tirar proveito e aprender com essa onda de protestos que está acontecendo atualmente, como #BlackLivesMatter e #VidasNegrasImportam, para assim repararmos em nossas atitudes por mais pequenas que sejam.
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